Exames Hormonais: Detecção de Menopausa e Perimenopausa

FSH (Hormônio Folículo-Estimulante)

O FSH, ou Hormônio Folículo-Estimulante, é um dos principais indicadores utilizados para a detecção da menopausa e perimenopausa. Este hormônio é produzido pela glândula pituitária e desempenha um papel crucial na regulação do ciclo menstrual e na produção de óvulos pelos ovários. Durante a perimenopausa, os níveis de FSH tendem a aumentar significativamente devido à diminuição da função ovariana. A medição dos níveis de FSH no sangue é um dos métodos mais comuns para diagnosticar a transição para a menopausa. Valores elevados de FSH, geralmente acima de 30 mIU/mL, são indicativos de que a mulher está entrando na menopausa. Este exame é fundamental para mulheres que apresentam sintomas como irregularidade menstrual, ondas de calor e alterações de humor, ajudando a confirmar o diagnóstico e a orientar o tratamento adequado.

Estradiol

O Estradiol é um tipo de estrogênio, o principal hormônio sexual feminino, que também é medido para avaliar a função ovariana durante a perimenopausa e menopausa. Os níveis de estradiol diminuem significativamente à medida que a mulher se aproxima da menopausa, refletindo a redução na produção de estrogênio pelos ovários. A medição dos níveis de estradiol no sangue pode ajudar a confirmar a transição para a menopausa, especialmente quando combinada com a medição de FSH. Níveis baixos de estradiol, geralmente abaixo de 30 pg/mL, são indicativos de menopausa. Este exame é particularmente útil para mulheres que apresentam sintomas de deficiência de estrogênio, como secura vaginal, diminuição da libido e perda de massa óssea, permitindo uma abordagem terapêutica mais direcionada.

LH (Hormônio Luteinizante)

O LH, ou Hormônio Luteinizante, é outro hormônio produzido pela glândula pituitária que desempenha um papel vital na regulação do ciclo menstrual e na ovulação. Durante a perimenopausa, os níveis de LH também tendem a aumentar, embora não tanto quanto os níveis de FSH. A medição dos níveis de LH pode ser útil para complementar a avaliação dos níveis de FSH e estradiol, proporcionando uma visão mais completa da função ovariana. Níveis elevados de LH, geralmente acima de 20 mIU/mL, podem indicar que a mulher está na transição para a menopausa. Este exame é frequentemente utilizado em conjunto com outros exames hormonais para fornecer um diagnóstico mais preciso e para monitorar a eficácia do tratamento hormonal.

Progesterona

A Progesterona é um hormônio produzido pelos ovários após a ovulação e desempenha um papel crucial na preparação do útero para a gravidez. Durante a perimenopausa, os níveis de progesterona podem flutuar significativamente, refletindo a irregularidade da ovulação. A medição dos níveis de progesterona no sangue pode ajudar a avaliar a função ovariana e a confirmar a transição para a menopausa. Níveis baixos de progesterona, especialmente na segunda metade do ciclo menstrual, podem indicar uma diminuição da função ovariana e a aproximação da menopausa. Este exame é particularmente útil para mulheres que apresentam sintomas de deficiência de progesterona, como ciclos menstruais irregulares, sangramento uterino anormal e sintomas de TPM exacerbados.

Testosterona

Embora a testosterona seja frequentemente associada aos homens, este hormônio também é produzido em pequenas quantidades pelos ovários nas mulheres e desempenha um papel importante na manutenção da libido, energia e massa muscular. Durante a perimenopausa e menopausa, os níveis de testosterona podem diminuir, contribuindo para sintomas como fadiga, diminuição da libido e perda de massa muscular. A medição dos níveis de testosterona no sangue pode ajudar a avaliar a função hormonal geral e a identificar possíveis deficiências que podem ser tratadas com terapia hormonal. Este exame é particularmente útil para mulheres que apresentam sintomas de deficiência de testosterona, permitindo uma abordagem terapêutica mais personalizada.

SHBG (Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais)

A SHBG, ou Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais, é uma proteína que se liga aos hormônios sexuais, como estrogênio e testosterona, e regula sua disponibilidade no corpo. Durante a perimenopausa e menopausa, os níveis de SHBG podem aumentar, afetando a quantidade de hormônios sexuais livres e ativos no corpo. A medição dos níveis de SHBG pode ajudar a fornecer uma visão mais completa do status hormonal da mulher e a identificar possíveis desequilíbrios hormonais. Este exame é frequentemente utilizado em conjunto com a medição de outros hormônios sexuais para fornecer um diagnóstico mais preciso e para orientar o tratamento hormonal.

Prolactina

A Prolactina é um hormônio produzido pela glândula pituitária que desempenha um papel importante na lactação e na regulação do ciclo menstrual. Níveis elevados de prolactina podem interferir na função ovariana e causar irregularidades menstruais, que são comuns durante a perimenopausa. A medição dos níveis de prolactina no sangue pode ajudar a identificar possíveis causas de irregularidades menstruais e a avaliar a função hormonal geral. Este exame é particularmente útil para mulheres que apresentam sintomas como galactorreia (produção de leite fora da amamentação), irregularidade menstrual e infertilidade, permitindo uma abordagem terapêutica mais direcionada.

TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide)

O TSH, ou Hormônio Estimulante da Tireoide, é produzido pela glândula pituitária e regula a função da glândula tireoide. Durante a perimenopausa e menopausa, os níveis de TSH podem ser afetados, especialmente se houver uma disfunção tireoidiana subjacente. A medição dos níveis de TSH no sangue pode ajudar a identificar possíveis problemas tireoidianos que podem estar contribuindo para os sintomas da menopausa, como fadiga, ganho de peso e alterações de humor. Este exame é frequentemente utilizado em conjunto com a medição de outros hormônios tireoidianos, como T4 livre e T3 livre, para fornecer uma visão mais completa da função tireoidiana e orientar o tratamento adequado.

AMH (Hormônio Anti-Mülleriano)

O AMH, ou Hormônio Anti-Mülleriano, é produzido pelos folículos ovarianos e é um indicador da reserva ovariana. Durante a perimenopausa, os níveis de AMH diminuem significativamente, refletindo a diminuição da quantidade de folículos disponíveis nos ovários. A medição dos níveis de AMH no sangue pode ajudar a avaliar a reserva ovariana e a confirmar a transição para a menopausa. Níveis baixos de AMH são indicativos de uma baixa reserva ovariana e podem ser úteis para mulheres que estão considerando tratamentos de fertilidade ou que apresentam sintomas de menopausa precoce. Este exame é particularmente útil para fornecer uma visão mais completa da função ovariana e para orientar decisões de tratamento.

Inibina B

A Inibina B é um hormônio produzido pelos folículos ovarianos e desempenha um papel na regulação da produção de FSH. Durante a perimenopausa, os níveis de Inibina B diminuem, refletindo a redução da função ovariana. A medição dos níveis de Inibina B no sangue pode ajudar a avaliar a função ovariana e a confirmar a transição para a menopausa. Níveis baixos de Inibina B são indicativos de uma diminuição da função ovariana e podem ser úteis para mulheres que apresentam sintomas de menopausa, como irregularidade menstrual e ondas de calor. Este exame é frequentemente utilizado em conjunto com a medição de outros hormônios para fornecer um diagnóstico mais preciso e para orientar o tratamento hormonal.